A expansão de uma estrela semelhante ao Sol no fim da sua vida é capaz de engolir os planetas do seu sistema, aumentando seu tamanho original em até 1000 vezes. Recentemente, astrônomos em um estudo internacional testemunharam esse fenômeno, que é esperado ocorrer com a Terra no futuro.
Os pesquisadores obtiveram conhecimento sobre o ciclo de vida estelar e as interações das estrelas com os sistemas planetários à medida que envelhecem por meio da observação de várias estrelas em diferentes estágios de evolução. Embora esse evento ocorra somente algumas vezes por ano na Via Láctea, foi observado pela primeira vez pelos astrônomos através do telescópio Gemini South, no Chile. A expansão da estrela foi detectada pela explosão de energia de baixa intensidade de uma estrela a cerca de 13.000 anos-luz da Terra.
Para os pesquisadores do Laboratório Nacional de Pesquisa em Astronomia de Infravermelho Óptico (NOIRLab), esse evento é um presságio do destino final de Mercúrio, Vênus e Terra quando o Sol começar a morrer em cerca de cinco bilhões de anos.
Segundo Ryan Lau, astrônomo do NOIRLab e coautor do estudo publicado na revista Nature, “essas observações fornecem uma nova perspectiva para encontrar e estudar bilhões de estrelas em nossa Via Láctea que já consumiram seus planetas”.
Quando uma estrela semelhante ao Sol começa a fundir hélio em carbono após o esgotamento do hidrogênio no núcleo, a fusão do hidrogênio migra para as camadas externas da estrela, fazendo com que elas se expandam e a estrela se torne uma gigante vermelha. No entanto, essa transformação pode colocar em risco a existência dos planetas no sistema interno da estrela.
No momento em que a superfície da estrela eventualmente se expande para envolver um dos seus planetas, ocorre uma grande explosão de energia e material. Esse processo afeta a órbita do planeta, que acaba mergulhando no interior da estrela.
Fonte: CNN